Política

ELEIÇÕES 2026

PL deve apostar em Mara Caseiro por duas vagas na Câmara dos Deputados

A deputada estadual, que hoje está no PSDB, deve trocar de sigla para concorrer à vaga de deputada federal no próximo pleito

Deputada Mara Caseiro (PSDB), entre os colegas Coronel David (PL) e Antonio Vaz (Republicanos)

Deputada Mara Caseiro (PSDB), entre os colegas Coronel David (PL) e Antonio Vaz (Republicanos) - Foto: Luciana Nasser/Alems

Continue lendo...

A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) deve trocar o ninho tucano pelo PL para concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados e, dessa forma, ajudar o partido a manter duas vagas na Casa de Leis.

O Correio do Estado apurou que a parlamentar vai migrar para o partido do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro com o ex-governador Reinaldo Azambuja, que deve deixar o PSDB para comandar o PL e disputar uma vaga no Senado.

A reportagem foi informada de que o PL espera que Mara Caseiro seja a próxima campeã de votos para a Câmara dos Deputados, atingindo a marca de 140 mil votos, o que possibilitaria ao partido fazer, no mínimo, dois deputados federais.

A aposta na capacidade de fazer muitos votos de Mara Caseiro tem fundamento, afinal, nas eleições gerais de 2022, ela foi a candidata mais votada para o cargo de deputado estadual, com 49.512 votos. 

Na época, a parlamentar ocupava a função de representante e defensora do governador Reinaldo Azambuja na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) desde novembro de 2020, após o falecimento do deputado estadual Onevan de Matos (PSDB), em decorrência da Covid-19.

Única mulher da Alems, Mara Caseiro trabalhou como cirurgiã-dentista nas cidades de Itaquiraí e Eldorado, onde foi chefe da equipe do Centro de Saúde. 

Em 1992, ingressou na política, como candidata a vice-prefeita de Eldorado e, em 1996, foi eleita como vereadora mais votada da cidade, tornando-se a primeira mulher a assumir a presidência da Câmara Municipal.

Em 2000, foi eleita prefeita de Eldorado e permaneceu no cargo até 2008, após sua reeleição. Dois anos depois, em 2010, foi eleita deputada estadual, cumprindo segundo mandato após as eleições de 2014.

A convite de Reinaldo Azambuja, então governador do Estado, em fevereiro de 2019, Mara Caseiro assumiu o cargo de diretora-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

VOTO FEMININO

Além de ser campeã de votos, outro atrativo para que Mara Caseiro possa ser a puxadora de votos no PL para a Câmara dos Deputados é o fato de ela ter uma grande representatividade junto às mulheres.

No quarto mandato na Alems, a deputada estadual tem anos de luta na política em prol das mulheres, tendo, inclusive, iniciado sua carreira na política em uma época em que machismo predominava. 

Apesar dos anos de conquistas, ela ainda luta para melhorar muitas coisas para as mulheres na política, principalmente o baixo índice de participação delas no meio, que tem quase nenhuma representatividade feminina.

Em 2023, por meio da Comissão Permanente de Direitos das Mulheres e Combate à Violência Doméstica da Alems, Mara Caseiro comandou o evento que contribuiu para o ingresso de mulheres na política.

Na época, a deputada ressaltou que o evento foi um esforço conjunto para esclarecer dúvidas e apresentar os direitos às mulheres que desejavam ser candidatas. 

“Foi uma oportunidade crucial para as mulheres que aspiravam a cargos públicos, pois foram readas informações valiosas para enfrentar os desafios do processo eleitoral”, reforçou.

Ela destacou que a iniciativa refletiu o compromisso das instituições envolvidas em promover a igualdade de gênero e fortalecer a participação feminina na política.

Procurada pelo Correio do Estado, Mara Caseiro disse que está analisando essa possibilidade. "Que sou pré-candidata a deputada federal já é uma certeza, falta agora a definição do partido", declarou.

Ela ainda completou que tem uma grande probabilidade de ser o PL. "Estamos esperando a conclusão dessas novas estruturas partidárias para junto com o nosso grupo tomarmos a decisão", pontuou.

SAIBA

A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) é a norma que disciplina as eleições no Brasil. O artigo 10, §3º, da legislação define que cada partido ou coligação deverá preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% das vagas para candidaturas de cada sexo. Em outras palavras, todos os partidos devem ter ao menos 30% de mulheres entre seus candidatos.

Assine o Correio do Estado

Fugiu

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália

A declaração foi dada em entrevista para a Globonews nesta quinta-feira, 12

12/06/2025 20h00

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália

'Zambelli pode ser presa a qualquer momento', diz embaixador do Brasil na Itália Divulgação

Continue Lendo...

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) enviar o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, afirmou que "ela poderá ser presa a qualquer momento". A declaração foi dada em entrevista para a Globonews nesta quinta-feira, 12.

"Há uma mobilização para deter a deputada, porque ela está na lista vermelha de difusão da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento", disse o diplomata.

O embaixador explicou que não há uma operação ou um mandado de busca. Conforme as leis italianas, ela não pode ser presa dentro do domicílio onde estiver, como uma casa ou um hotel. Mas a medida pode ocorrer em qualquer lugar que não seja inviolável.

"Há um mandado de prisão provisória para fins extradicionais que é o mandado a partir do pedido da Interpol solicitado pelo governo brasileiro, que foi referendado pelas autoridades judiciais italianas", disse.

Procurada pelo Estadão, a equipe da deputada licenciada não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Entenda o pedido de extradição de Zambelli

Após ser condenada a dez anos de prisão e perda do mandato na Câmara dos Deputados por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Carla Zambelli deixou o País. Ela seguiu inicialmente rumo aos EUA e, depois, para a Itália, nação em que ela possui cidadania.

Nesta terça-feira, 11, o STF enviou pedido de extradição para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O documento foi encaminhado para o Itamaraty e, em seguida, para a Embaixada do Brasil na Itália, onde foi aceito pelas autoridades locais.

Na nação europeia, o deputado italiano Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, pressiona o governo pelo envio da procurada de volta ao Brasil. Ele já havia pedido a extradição de Zambelli anteriormente.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também bloqueou os rendimentos da deputada licenciada nesta quinta-feira, 12. O pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, que também determinou a prisão preventiva de Zambelli após a saída dela do Brasil.
 

Política

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal

O projeto de lei aumenta a pena pela posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, como fuzis. A reclusão que antes variava de 4 a 12 anos a a ser de 6 a 12 anos

12/06/2025 10h45

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal

Três deputados de MS votam contra lei que eleva pena do uso de arma ilegal Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Continue Lendo...

A Câmara dos Deputados aprovou na noite da última quarta-feira (11) o projeto de lei que aumenta a pena pela posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, como fuzis. A reclusão que antes variava de 4 a 12 anos a a ser de 6 a 12 anos.

A proposta que agora segue para o Senado, recebeu votos contrários de três parlamentares de Mato Grosso do Sul: Rodolfo Nogueira (PL), conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, Beto Pereira (PSDB) e Marcos Pollon (PL).

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo relator, o deputado Max Lemos (PDT-RJ), ao Projeto de Lei 4149/04, de autoria do deputado Carlos Sampaio (PSD-SP). A nova versão altera trechos do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03),ampliando a punição para uma série de condutas relacionadas ao uso ilegl de armamento e explosivos.

Além do porte ou posse de arma de uso proibido, a pena de 6 a 12 anos também valerá para quem: 

  • tirar ou mudar numeração e marcas de identificação de arma de fogo ou artefato;
  • mudar as características de arma de fogo para torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou ou induzir policial, juiz ou perito a erro;
  • possuir, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário sem autorização legal;
  • comprar ou transportar arma de fogo com numeração, marca ou sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
  • vender, entregar ou fornecer arma de fogo, ório, munição ou explosivo a criança ou adolescente;
  • produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, munição ou explosivos ou adulterá-los de qualquer forma

Apesar do endurecimento, a pena para posse de arma de uso foi mantida: reclusão de 3 a 6 anos, mais multa. 

Outro ponto do projeto, é o agravamento da pena para disparo de arma de fogo em locais públicos ou habitados, quando for usada a arma de uso proibido. A pena, que hoje é de 2 a 4 anos de reclusão, ará a ser de 3 a 6 anos, além da multa. 

Também haverá punição mais severa para o comércio ilegal e tráfico internacional de armamentos. Se o crime envolver armas, órios ou munições de uso proibido, a pena será dobrada - atualmente o agravante é de 50%. 

Durante a votação, foram rejeitados destaques apresentados por parlamentares dos partidos PL e Novo, que tentavam barrar o aumento das penas. Outros deputados de MS também estavam presentes e votaram a favor do novo texto, entre eles Dr. Luiz Ovando (PP), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Camila Jara (PT) e Vander Loubet    (PT).

O relator acatou emenda que define, na própria lei, o que são armas de uso proibido. Segundo o texto, são aquelas descritas em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, além de munições incendiárias ou químicas e armas disfarçadas como objetos inofensivos (simulacros). O objetivo é evitar que essas definições fiquem a critério de decretos do Executivo.
Parlamentares da oposição criticaram essa possibilidade, apontando que mudanças por decreto poderiam afetar cidadãos que possuem armas de forma regular.

"É urgente combater as armas ilegais. Mas os que possuem armas de forma legal não podem ser penalizados pela mudança de um decreto", disse o deputado Capitão Alden (PL-BA). 

Max Lemos, no entanto, garantiu que a proposta não atinge os colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). “"À medida que aumentamos as penas para quem utiliza de modo ilegal arma de fogo, estamos protegendo e valorizando os CACs", afirmou.

O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), vice-líder do governo, defendeu a medida como necessária para enfrentar o tráfico de armas. 

“O crime organizado se alimenta do fluxo de armas ilegais. Ter mecanismos de punição para isso é absolutamente necessário e razoável”, declarou. 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).