Esportes

IGNORADA?

Abandonada pela CBF, Campo Grande permanece sem esperanças de receber jogo da seleção

Depois da Copa do Mundo no Brasil, a canarinho jogou 39 das 41 partidas em municípios que foram sedes daquele torneio, com apenas Belém e Goiânia como "foras da curva"

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021 - Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Na estreia de Carlo Ancelotti em território tupiniquim, o Brasil venceu o Paraguai por 1 a 0, Neo Química Arena, em São Paulo, para mais de 46 mil torcedores, e reforçou a tendência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em escolher cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 como casas da seleção brasileiro pós-Mundial no país.

Em outubro de 2009, pela última rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, o Estádio Morenão, em Campo Grande, recebeu o jogo entre Brasil e Venezuela, partida que terminou empatada sem gols. Quase 16 anos depois, a seleção brasileira não voltou a atuar em território sul-mato-grossense, e mantém a capital do estado pantaneiro sem esperanças de voltar.

Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, o Brasil fez 41 partidas “em casa” de 2015 a 2024, mas 95% delas foram em cidades que sediaram estádios para a Copa do Mundo de 2014, que aconteceu em terras brasileiras. Apenas dois municípios fugiram do padrão e conseguiram sediar uma partida da seleção sem ter participado daquele Mundial: Belém (PA) e Goiânia (GO).

Esses números reforçam a tendência da CBF em utilizar arenas modernas, algumas construídas exclusivamente para a Copa de 2014, como é o caso da Neo Química Arena, palco da abertura daquele Mundial. Inclusive, desde então,o estádio do Corinthians recebeu quatro partidas da seleção brasileira, empatado com o Maracanã na “liderança”.

Outro dado que contribui para a entidade máxima do futebol brasileiro tomar essa posição é justamente o sucesso de venda de ingressos, mesmo sendo colocados a preços caros e exagerados. Desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, essa é a maior média de público em jogos da seleção, com 51 mil.

Especificamente no caso de Campo Grande, o único estádio que poderia comportar a seleção brasileira seria o Morenão. Mas, um dos espaços mais icônicos do futebol sul-mato-grossense está há mais de quatro anos sem receber uma partida profissional do campeonato local e com polêmicas que seguem sem soluções.

Em janeiro deste ano, durante o lançamento oficial do Campeonato Sul-Mato-Grossense, Marcelo Miranda, titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), afirmou que a concessão ao Estado estaria nas tratativas finais. Porém, cinco meses depois ainda não há um acordo assinado entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o governo estadual, que seria por um período de 35 anos.

Por conta do descaso com o estádio e a má utilização do próprio para eventos esportivos ou de entretenimento, Campo Grande foi "deixada de lado" pela CBF e não deve voltar a receber partidas da seleção brasileira tão cedo.

À Folha de S. Paulo, Amir Somoggi, diretor da consultoria Sports Value, afirmou que a tendência da entidade é não colocar o Brasil em estruturas insuficientes e que não deem lucro, e por isso capitais e regiões brasileiras seguem sendo ignoradas pela canarinho.

“Qualquer estádio que seja escolhido hoje não será apenas por aspectos políticos. Vai ter também o aspecto econômico em primeiro lugar, quanto é possível faturar. Parece-me uma tendência irreversível, e quem não tiver estrutura não deverá receber mais jogos importantes", explicou Somoggi.

Tá complicado...

O processo de revitalização do Estádio Pedro Pedrossian seguiu ao longo destes três anos a os lentos. Segundo o Governo do Estado, as obras foram divididas em três etapas, de estrutura e banheiros, parte elétrica e de ibilidade e pânico para adequar o estádio às normas de segurança atuais. 

Em visitas na qual a reportagem do Correio do Estado realizou no local, foi observado que as rampas de o interno do gramado já estão concluídas e que os banheiros já foram reformados, sendo colocadas divisórias de mármore e até espelhos dispostos nas pias.

Já na entrada do estádio também foi pintado no chão indicativos de pista para corrida e caminhada, nos arredores do Morenão, além do escrito “Sou UFMS” pintado próximo à rampa principal.

Porém, na parte externa do Morenão, onde ficam as arquibancadas e o gramado do estádio, a situação é de total abandono.

Em uma das visitas, no inicio do ano ado, foi visto próximo ao gramado uma plantação de melancia, sinal claro que o Morenão não tem condições de receber nenhum evento esportivo.

Saiba

Durante a década de 90, Campo Grande recebeu duas partidas da seleção brasileira, ambas no Morenão. Em 1991, Brasil e Paraguai empataram em 1 a 1 em amistoso preparatório para a Copa América daquele ano.

Em dezembro de 1999, comandados por Vanderlei Luxemburgo, a seleção sub-23 enfrentou novamente os paraguaios em amistoso, e novamente ficaram no empate, desta vez por 3 a 3. Ao todo, 38 mil ingressos campo-grandenses assistiram o confronto.

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BRASILEIRO

Galo estreia novo técnico em jogo decisivo pela Série D e busca reabilitação

Raphael Pereira comanda Operário pela primeira vez, em duelo contra o Cascavel, com foco na recuperação e retomada de confiança

14/06/2025 11h30

Partida contra o Cascavel, válida pela 8ª rodada da Série D, será um termômetro para o novo momento

Partida contra o Cascavel, válida pela 8ª rodada da Série D, será um termômetro para o novo momento Foto: Rodrigo Moreira/Operário

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O Operário Futebol Clube de Mato Grosso do Sul inicia, neste sábado, um novo capítulo em sua caminhada na Série D do Campeonato Brasileiro.

A partir das 15h (horário de MS), no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande, o time alvinegro entra em campo para enfrentar o Cascavel-PR, em partida válida pela oitava rodada da competição nacional. O duelo marca a estreia oficial do técnico Raphael Pereira, recém-contratado para comandar o Galo no restante da temporada.

A mudança no comando técnico veio após a saída de Leocir Dall’Astra, que deixou o clube com um legado importante. Bicampeão sul-mato-grossense e peça-chave no processo de reconstrução do Operário nos últimos anos, o treinador encerrou sua agem deixando o time na lanterna do Grupo A7, com apenas 4 pontos conquistados em sete jogos.

O desempenho abaixo do esperado forçou a diretoria a buscar uma solução imediata para tentar reverter a situação e manter viva a esperança de classificação à próxima fase.

NOVA FILOSOFIA

Raphael Pereira, de 46 anos, chega com a missão de recolocar o Operário nos trilhos. Natural de São Paulo, o treinador construiu carreira sólida no futebol paulista, com destaque para os títulos consecutivos da Série A4 do Campeonato Paulista – um com o Rio Branco, de Americana, e outro com o União Barbarense.

No comando do União Barbarense, aliás, fechou a campanha de forma invicta: foram sete vitórias e quatro empates, um aproveitamento de 75,7%, o que lhe rendeu o prêmio de melhor técnico da competição.

Licenciado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com a Licença A, Raphael é reconhecido por seu perfil disciplinador, capacidade de formação de grupo e ênfase no desempenho coletivo.

A aposta da diretoria é de que a experiência dele em reverter cenários adversos, aliada a um modelo de jogo mais intenso e organizado, possa surtir efeito já nas próximas rodadas.

“Sabemos que a situação na tabela é complicada, mas o grupo tem qualidade e está mostrando muita entrega nos treinamentos. Nosso foco agora está em recuperar a confiança, organizar a equipe taticamente e buscar os resultados necessários”, afirmou o treinador durante a coletiva de apresentação.

Com Raphael, também chega o auxiliar técnico Lúcio Borges, profissional com experiência em preparação de equipes nas categorias de base e no futebol profissional. Juntos, os dois lideraram, ao longo da semana, sessões de treinos com foco na reorganização tática, melhora do condicionamento físico e ajuste no sistema defensivo, que tem sido um dos pontos frágeis da equipe na Série D.

ADVERSÁRIO

O confronto contra o Cascavel representa um desafio de peso. A equipe paranaense ocupa posição intermediária na tabela e vem de resultados mais consistentes. Para o Operário, o jogo é encarado como um divisor de águas. Uma vitória pode não apenas melhorar a pontuação, mas também servir como combustível emocional para o elenco, que busca sair da incômoda última colocação.

“Temos que pensar jogo a jogo. Cada rodada será uma final para a gente. O trabalho da semana foi muito bom, o grupo respondeu bem às ideias que estamos implementando, e agora é colocar tudo isso em prática dentro de campo”, acrescentou Raphael Pereira.

Durante os últimos treinos, o novo técnico realizou ajustes na escalação titular, promoveu testes em diferentes formações e enfatizou a compactação defensiva e as transições rápidas ao ataque. A expectativa é de que o time entre em campo com uma postura mais agressiva e buscando o domínio das ações desde o início da partida.

MOBILIZAÇÃO

A diretoria também aposta no apoio da torcida como fator decisivo nesta nova fase. Os ingressos estão sendo vendidos de forma antecipada pelo site www.ingressosms.com.br, com preço único de R$ 20.

Para os torcedores que preferirem comprar presencialmente, haverá venda nas bilheterias do Estádio Jacques da Luz no dia da partida, a partir do início da tarde.

“Queremos ver o estádio com um bom público, porque o momento exige união. Precisamos da torcida ao nosso lado para empurrar o time”, destacou o presidente do clube, Estevão Petrallás.

SAIBA

O jogo será neste sábado, às 15h, no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande. Os ingressos estão à venda, por R$ 20,00, no site www.ingressosms.com.br.

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Esportes

Jogadores deixam o Brasil cada vez mais cedo rumo à Europa

Muitos atletas não ficam mais do que uma ou duas temporadas no Brasil antes de serem vendidos para a Europa, como Vinicius Júnior, Endrick e Savinho

12/06/2025 17h25

Souza Sergio na Unsplash

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Êxodo de jogadores para a Europa se intensifica e molda cenário no futebol brasileiro

O Brasil sempre foi reconhecido como o país do futebol, mas nos últimos anos, uma tendência crescente é a saída precoce de jovens talentos para a Europa, muitas vezes antes mesmo de estrearem profissionalmente.

Esse fenômeno não am despercebidos no universo das apostas esportivas, onde jovens brasileiros em ascensão geram palpites interessantes na Superbet Apostas. Jogue com responsabilidade.

Com essa situação, muitos jogadores brasileiros não ficam mais do que um ou duas temporadas no país. Esse é o caso de Vinicius Júnior, Endrick, Savinho, entre outros, vendidos rapidamente.

Atualmente no Palmeiras, Estêvão é outro que segue essa tendência. O jogador acertou com o Chelsea, e se apresentará a equipe inglesa no meio da temporada, após a disputa do Super Mundial de Clubes.

A casa de apostas William Hill fez um levantamento sobre os jogadores que estão na seleção brasileira e argentina, e como resultado, 70% deles não jogaram duas temporadas por clubes de seu país de origem.

Motivos que levam os jovens para a Europa

Do ponto de vista dos jogadores, três fatores fundamentais explicam a saída rápida para a Europa: dinheiro, competitividade em alto nível e exposição.

Portanto, o primeiro fator a ser considerado é a desvalorização do real em comparação com moedas fortes como o dólar e o euro. Isso faz com que os salários oferecidos no exterior muitas vezes dobrem ou até superem com folga os valores pagos no Brasil, tornando-se um incentivo financeiro decisivo para jogadores deixarem o país mais cedo.

Outro aspecto importante é a competitividade. O futebol europeu concentra os principais talentos do mundo, tornando as competições mais atrativas e desafiadoras para os jogadores.  

Dessa forma, jogar contra os melhores do planeta é uma oportunidade valiosa de crescimento técnico e visibilidade, desenvolvendo o seu futebol.

Por fim, atuar na Europa amplia significativamente a exposição do atleta, o que pode abrir portas para objetivos maiores, como conquistar uma vaga na Seleção Brasileira. Um bom desempenho em torneios de alto nível, como a Champions League da UEFA, costuma chamar mais atenção dos técnicos e da mídia especializada.

Além disso, outros fatores podem contribuir, como a logística do dia a dia, que é mais fácil com o calendário europeu em comparação com o brasileiro. A estrutura das equipes também é um diferencial, já que favorece o desenvolvimento dos jogadores e tratamento de possíveis lesões.

Desvantagens de uma saída rápida

Apesar das vantagens, uma saída rápida também apresenta desvantagens. Muitos jogadores brasileiros acabam enfrentando dificuldades para ganhar minutos em campo, o que pode limitar seu desenvolvimento.

Isso aconteceu com Gabigol e Pedro, jogadores cotados para serem estrelas, mas que voltaram para brilhar no Brasil sem deixar uma boa impressão na Europa. Na mesma linha, Vitor Roque é um exemplo recente.

Atualmente no Real Madrid, Endrick, apontado como uma das maiores promessas do mundo, também enfrenta o problema da minutagem, mas não mostra o desejo de voltar ao Brasil.

O principal ponto negativo de uma saída repentina é para o país, que perde um talento antes mesmo de mostrar o seu melhor futebol aos torcedores. Em um mundo ideal, podemos citar Neymar, como exemplo.

Badalado desde cedo, Neymar se profissionalizou pelo Santos, permaneceu no clube mesmo em meio ao forte assédio europeu e conquistou vários títulos, como a Libertadores, marcando seu nome na história do Peixe antes de seguir para o Barcelona.
 

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