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"Quem tem de se desgastar para a máquina andar não é o presidente"

"Minha função é traduzir o desejo do presidente. Quem tem de se desgastar para a máquina andar não é o presidente. Ele tem de estar sempre alegre, sorrindo e feliz", de Rui Costa, sobre o que faz diariamente na Casa Civil

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O Conselho Nacional de Justiça, que expulsou Marcelo Bretas da magistratura, pretendia cortar o salário dele. Nada feito: o salário integral dele, por decisão superior, será R$ 39,7 mil na aposentadoria (apenas penduricalhos serão cortados).

Mais: até ex-companheiros de Bretas acharam que ele se encantou, como Sérgio Moro, com a fama e a possibilidade de interferir nas eleições. Analistas lembram de uma cena surpreendente, ele rodopiou no palco de um evento evangélico, ao lado de Jair Bolsonaro e Marcelo Crivella.

30 anos de carreira

Vivendo mais uma protagonista em sua carreira, Taís Araújo, que começou nos anos 90, fez um balanço dos seus 30 anos de sua trajetória na revista Ela, relembrando de todas as fases, inclusive de assédio moral que sofreu por parte de uma produtora. Apesar disso, a atriz garante que tem mais coisas boas do que más em sua carreira e garante que agora é respeitada em seu trabalho. Sobre Raquel, seu personagem no remake de Vale Tudo, conta que  quando recebeu o convite para vivê-la, pensou um pouquinho antes de aceitar.

“Quando fui chamada para fazer a Raquel, fiquei reticente. Não queria mais viver heroínas, pois conheço bem as mazelas. Elas têm essa coisa da ingenuidade, da virada e precisam ter uma curva descendente para poder valorizar a ascendente. Porém, me encantei com a jornada dessa mãe. Quantas mulheres não fazem de tudo para resgatar os filhos? Quem está dentro dessa situação não usa a lógica. Outra coisa diz respeito à construção da narrativa de uma novela: Raquel vai ter de chegar ao apogeu da merda para, depois, subir”.

Mais: Taís está encantada com a oportunidade de interpretar Elza Soares no cinema, apesar de já ter vivido a cantora no filme sobre a história de Garricha. Ela garantiu que conversou sobre esta possibilidade com Elza ainda em vida. E finaliza sobre qual conselho daria a Taís do início da carreira: “Calma, confia no processo. Não perca o foco. Costumo falar com frequência uma frase de Michelle Obama para os meus filhos: “Pratique quem você quer ser todos os dias”.

Empresa de apostas tem influenciadores

Está nas redes sociais: relatora da I das Bets, a senadora Soraya Thronicke está concluindo seu relatório (já tem mais de 500 páginas) e deverá indiciar influenciadores digitais que se associaram à empresas de aposta para lucrar com atos ilícitos. Virginia Fonseca, figura conhecida dos círculos digitais e com programa no SBT, está na lista de possíveis alvos.

Ela diz que acompanha a I, mas que tem sua prioridade, no momento, é organizar sua vida pessoal, depois de romper seu casamento com Zé Felipe. Além de propor indiciamentos, a I das Bets vai abrir documentos comprometedores com a Polícia Federal, para que influenciadores e empresários sejam investigados.

Há dados de transações financeiras que envolvem a milionária Virginia e a Blaze, plataforma de aposta com a qual a influenciadora mantém um supercontrato com muitos cifrões. O advogado de Virginia, Michel Saliba, diz que estão tentando transformá-la em “Bode expiatório”. Os bem-informados dizem que “vai sobrar para ela”.

Famosos de fora

O projeto sobre o funcionamento da propaganda das Bets, que está andando no Congresso, prevê que a publicidade das empresas deverá ser concentrada nos estádios de futebol. Logotipos poderão aparecer nas camisas dos jogadores. Nas emissoras de televisão, a apologia das Bets somente será permitida em horários (poucos) marcados e em suas peças promocionais, famosos estarão proibidos de participar. Mais medidas duras ainda estão sendo discutidas para quase acabar com a festa de propaganda de Bets.

De bem com a vida

Prestes a voltar com um projeto na Globo, que será voltado para a faixa noturna e canais pagos, a jornalista Fátima Bernardes está curtindo alguns dias de folga ao lado da filha Laura. Nesta viagem, até ousou se deixando fotografar de maiô, e depois agradeceu à filha pelos cliques.

Fora da Globo, ela tem um canal no YouTube (com mais de 310 mil seguidores) que acaba de completar um ano e garante que tem interagido mais com os fãs e, por consequência, mais retorno e sugestões de entrevistas e outros assuntos para seu canal.

E ainda garantiu que a vantagem de se ter um canal é não se preocupar com números: “Não me preocupo com o engajamento, a audiência. Lidei com o Ibope! Hoje em dia, não ligo. A ideia é exatamente essa… Umas coisas rendem, outras não, e estamos ali para experimentar”.

Cenário de luxo

As imagens do salão todo dourado, onde aconteceu o banquete oferecido a Lula por Emmanuel Macron, no Palácio Eliseu, sede da presidência sa, foi o cenário inspirador para o presidente brasileiro e sua mulher Janja. Os mais chegados acharam que “eles se sentiram no céu”.

Mais: pela primeira vez, jornalistas que cobrem visitas de Estado não foram convidados para o tradicional jantar em torno de uma visita oficial. Em seu discurso, Lula aproveitou para falar da imprensa. Habituado a plantar lorotas, Lula tomou um revés do amigo Macron ao igualar Rússia e Ucrânia. O presidente francês lembrou que foi Putin quem começou a guerra e recusou o cessar-fogo.

Vale para eles

Na guerra do rompimento, Donald Trump e Elon Musk misturaram assuntos de Estado a seus interesses pessoais. Trump ameaçou cortar contratos do governo com as empresas de Musk e o sul-africano ameaçou desativar uma nave que transporta astronautas da Nasa. O que causaria prejuízos ao programa espacial americano.

Um dia antes, Trump esboçou uma tese com base em conflitos do jardim da infância: “Às vezes, você vê duas crianças pequenas brigando como loucas. Elas se odeiam e estão brigando num parquinho. Você tenta separá-las, mas elas não querem ser separadas. Às vezes, é melhor deixá-las brigando por algum tempo”. Falava de guerra Rússia-Ucrânia, mas caberia muito da guerra deles.

Pérola

“Minha função é traduzir o desejo do presidente. Quem tem de se desgastar para a máquina andar não é o presidente. Ele tem de estar sempre alegre, sorrindo e feliz”,
 de Rui Costa, sobre o que faz diariamente na Casa Civil.

Olho no Senado

Em dezembro de 2024, o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) despedindo-se de sua gestão no comando da casa, disse que voltaria “ao chão da fábrica”. Sete meses depois, a situação é outra: Lira quer disputar uma cadeira no Senado em 2026, mas a por dificuldades para articular com aliados.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), de quem Lira é amigo, aproximou-se do principal adversário de Lira, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O fato ameaça a composição de um palanque competitivo em 2026.

Uma vaga é dele

Lula já andou dando sinais de que, na tentativa de reeleição em 2026, quem estará a seu lado na vice será o mesmo Geraldo Alckmin (PSB), que não acredita muito nessa versão. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem confidenciado aos mais íntimos que vê Alckmin como candidato ao Senado por São Paulo, nas eleições do ano que vem – e se entrar, roubará com facilidade uma vaga da direita.

Ele tem grande recall no interior do Estado. Se Lula lançar Márcio França ou Alexandre Padilha para o governo de São Paulo e Alckmin ficará fora da vice, seu destino será mesmo o Senado.

“Presidenciável” 1

Agora, por sua nova postura, até Valdemar Costa Neto, presidente do PL, já enxerga Michelle Bolsonaro como “presidenciável”. Nas últimas pesquisas, ela aparece em plena decolagem, podendo ser a protagonista da derrubada de Lula em 2026.

Temas que Michelle prioriza: família, postura da mulher na política, violência política, eficiência, inclusão e voluntariado. Valdemar lhe deu carta branca no PL Mulher e ela é apontada como responsável pelo salto de 370% da filiação feminina. Aliados dizem que Michelle “virou a chave” e tomou gosto pelos palanques.

“Presidenciável” 2

Bolsonaro já mencionou a possibilidade de Michelle concorrer à Presidência, mas pessoas próximas dizem que a preferência do ex-presidente é mesmo pelo filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos. Agentes do mercado financeiro, o governador Tarcísio de Freitas, outros governadores e nomes do Centrão preferem ela a outros nomes.

No evento do Movimento Conservador, do DF, em Brasília, ela sentenciou: “A mulher da direita é bonita, ama sua família, ela é cheirosa, ama fazer comidinhas, cuidar da casa, cuidar do esposo. Isso não nos diminui como mulher”.

Prisão duvidosa 1

Com a chegada da deputada Carla Zambelli à Itália, a avaliação na Câmara é que agora ela estaria a salvo. A Itália não extradita seus cidadãos, como a maioria dos países e alegações de perseguição do STF e do governo brasileiro calam fundo (é opinião de parlamentares) no governo de direita de Giorgia Meloni.

A situação de relativa “segurança” da deputada tende a liberar deputados do PL para a reação incisiva em sua defesa. Muitos bolsonaristas, contudo, culpam sua pistola em punho pela derrota de Jair Bolsonaro em 2022 – e ele também acha isso.

Prisão duvidosa 2

Ainda Zambelli: a tendência é que a deputada receba tratamento idêntico ao de Chiquinho Brandão, que levou mais de um ano entre prisão e perda de mandato. Regimento interno da Câmara prevê até 120 dias por sessão legislativa de licença por motivos pessoais, o que daria um respiro a Zambelli.

A Câmara tem entre 90 e 100 sessões ordinárias por ano, o que “libera”, em média, 33 faltas sem justificativas até a cassação. A propósito: a deputada gostaria mesmo de estar nos Estados Unidos atuando como Eduardo Bolsonaro, mas preferiu se garantir com a cidadania italiana.

Mistura Fina

  • Confissão de Lula antes de viajar para a França chamou a atenção de parlamentares da oposição, que agora querem denunciar o presidente por crime de responsabilidade, o que abre caminho para mais um pedido de impeachment. Lula afirmou ter ordenado “muita cautela” à Polícia Federal e à Controladoria-Geral da União (CGU) na investigação de sindicatos e associações que se beneficiaram do roubo bilionário a aposentados do INSS, que pode ter vitimado 9 milhões de pessoas.
  • Ainda a postura de Lula no roubo do INSS: a oposição desconfia que a interferência de Lula, que cobriu as entidades de elogios, explica o fato de não terem sido feitas prisões de suspeitos. Entre os beneficiados, está o sindicato onde o vice-presidente é Frei Chico, irmão de Lula. E a Entidade dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) que faturou R$ 3,6 bilhões, é feudo do irmão do deputado Carlos Veras (PE) do PT. Tem também outro, da sigla, Sindinapi, controlado por Milton Cavalo, do PDT, e do ex e atual ministro da Previdência, que embolsou R$ 259 milhões.
  • A Polícia Federal recebeu informações de funcionários do INSS que sabiam de toda a fraude, mas “ficaram de fora” da delinquência e abriram a boca. Estariam no esquema outros funcionários de maior nível e até familiares de envolvidos. A PF já localizou dirigente que pediu uma ‘boquinha’ e até para mulher dizendo: “Ela é minha companheira”. Pelo que se deduz, uma variante de extorsão. Mais: hoje, a própria PF, diante de novas informações, já trabalha com a possibilidade do roubo ter alcançado R$ 9 bilhões – em vez de R$ 6,2 bilhões.
  • A pesquisa Quaest ouviu 2004 eleitores sobre a eleição de Lula em 2022. Para 39%, Lula ganhou por ser “menos pior do que Jair Bolsonaro”. Já 35% disseram que ele levou por ser “melhor” que o rival e 26% não opinaram. Entre os eleitores ouvidos na pesquisa, 42% disseram ter votado em Lula no segundo turno e 35% em Bolsonaro. Outros 21% anularam o voto e 2% não votaram.

In – Fudge de amêndoas
Out – Fudge de nozes

Correio B+

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica

Série da Apple TV Plus é uma aula de como os filmes são feitos pelos grandes estúdios americanos

14/06/2025 13h00

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica Foto: Divulgação Apple TV

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Há uma característica narcisista de Hollywood que faz dos filmes sobre os bastidores da indústria algo que de tempos em tempos conquiste… “Hollywood”. São vários ótimos como O Jogador, de Robert Altman, de 1992, O Preço da Ambição (Swimming with the Sharks), de 1994, The Offer, de 2022 entre eles. Pelos primeiros episódios, O Estúdio, da Apple TV Plus, pode estar entre eles.

A série de comédia satírica foi criada por Seth Rogen em parceria com Evan Goldberg, Peter Huyck, Alex Gregory e Frida Perez, mergulha nos bastidores caóticos de um grande estúdio cinematográfico, oferecendo uma visão humorística e crítica da indústria do entretenimento.

Bem mais certeira e menos cifrada do que A Franquia, que já foi cancelada pela MAX, O Estúdio é profundamente apreciado para “quem entende as piadas internas” e ainda assim fácil de acompanhar se não pescar quem é quem ou do que estão falando.

A trama acompanha Matt Remick (Seth Rogen), o recém-nomeado chefe dos Estúdios Continental, que enfrenta o desafio de revitalizar a empresa em meio a rápidas transformações sociais e econômicas no setor cinematográfico.

Ao seu lado, destacam-se personagens como Patty Leigh (Catherine O’Hara), sua mentora e ex-chefe do estúdio; Sal Seperstein (Ike Barinholtz), um executivo irreverente; Quinn Hackett (Chase Sui Wonders), sua assistente ambiciosa; e Maya (Kathryn Hahn), a perspicaz chefe de marketing.

A inspiração para O Estúdio surgiu das próprias experiências de Rogen e Goldberg na indústria cinematográfica quando fizeram e fracassaram com Lanterna Verde e acertaram com sucessos como Super Mario Bros.

Durante o confinamento, a dupla concebeu a série como uma forma de explorar, com humor, os desafios e absurdos enfrentados por executivos de estúdios ao tentarem equilibrar a arte com as demandas comerciais.

A série é rica em participações especiais e referências ao universo de Hollywood. Há pontas de famosos como Ron Howard, Anthony Mackie, Peter Berg, Paul Dano, Charlize Theron, Steve Buscemi, Sarah Polley e Martin Scorsese, mas são as referências de negócios que nos fazem rir mais alto porque adicionam uma camada de autenticidade e humor à narrativa, satirizando a própria indústria que retratam.

No momento, a equipe tem a missão inglória de fazer um filme sobre o personagem Kool-Aid Man, e embora os absurdos soem piada são a parte realista dos negócios.

A série faz alusões a clássicos do cinema e brinca com fenômenos contemporâneos, incluindo a influência de diretores como Christopher Nolan e franquias de terror como Smile. Essas referências não apenas homenageiam a sétima arte, mas também oferecem uma crítica mordaz às tendências atuais de Hollywood.

A recepção crítica tem sido amplamente positiva, reconhecendo a inteligência do roteiro e “um dos retratos mais afiados de Hollywood em anos”. Não há exageros. O que me leva a perguntar: seria O Estúdio o novo O Jogador?

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria CinematográficaCinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica - Divulgação Apple TV

Ambos mergulham nos bastidores caóticos de um grande estúdio cinematográfico, lembrando um dos maiores clássicos do gênero, mas enquanto Altman expôs os jogos de poder da indústria cinematográfica através do thriller satírico estrelado por Tim Robbins, Rogen e sua equipe exploram o choque entre a tradição e as novas forças de mudança no cenário atual do entretenimento.

A Nova Era da Sátira Hollywoodiana

Assim como O Jogador ofereceu uma visão brutal e cínica da indústria do cinema nos anos 90, onde o protagonista Griffin Mill (Tim Robbins) enfrentava a pressão de roteiristas rejeitados e a ameaça de ser substituído no estúdio em que trabalhava, refletindo as ansiedades de uma Hollywood dominada por grandes corporações, O Estúdio faz o mesmo para a era do streaming e das franquias bilionárias.

Como o novo chefe dos Estúdios Continental, Matt tenta equilibrar a pressão comercial, a crise criativa e a necessidade de atender a uma audiência cada vez mais fragmentada.

O clássico de Altman está recheando de participações especiais de astros como Bruce Willis, Julia Roberts e Burt Reynolds, uma metalinguagem igualmente adotada na série da Apple TV Plus. Um dos momentos mais hilariantes da série envolve justamente Scorsese discutindo a produção de um filme sobre o personagem Kool-Aid Man, uma clara crítica ao desespero de Hollywood por franquias improváveis.

Se Altman ofereceu um olhar sombrio e satírico sobre o jogo de influências em Hollywood, Rogen e sua equipe ampliam esse escopo para incluir as redes sociais, o streaming e a febre das franquias. Se ainda não viu o filme, ele está disponível na MUBI.

No fim das contas, O Estúdio não apenas diverte com seu humor afiado, mas também faz uma crítica contundente às transformações e absurdos da máquina do entretenimento. É uma série essencial tanto para quem ama quanto para quem detesta a indústria de Hollywood.

GASTRONOMIA

Pãozinho quente, macio e caseiro

Conheça três receitas de pão, um dos alimentos mais antigos da humanidade

14/06/2025 12h30

A invenção do pão é atribuída à Mesopotâmia, há cerca de 12 mil anos, sendo um dos alimentos mais antigos da humanidade

A invenção do pão é atribuída à Mesopotâmia, há cerca de 12 mil anos, sendo um dos alimentos mais antigos da humanidade Foto: Freepik

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Há mais de 12 mil anos, o homem descobriu que podia moer grãos de cereais, misturá-los com água e assar a massa sobre pedras quentes. Assim nascia o pão, um dos alimentos mais antigos e simbólicos da humanidade. 

No Egito Antigo, por volta de 4.000 a.C., os egípcios dominaram a fermentação natural, criando pães mais leves e saborosos. Eles acreditavam que o pão era um presente dos deuses e o incluíam em rituais religiosos e oferendas funerárias.

Com o tempo, o pão atravessou fronteiras. Os gregos e os romanos aprimoraram as técnicas de panificação, criando as primeiras padarias públicas. Na Idade Média, o pão era a base da alimentação camponesa, enquanto, na Renascença, variedades como a baguete e o ciabatta começaram a ganhar forma na Europa.

No Brasil, o pão chegou com os portugueses, mas foi só no século 19 que as padarias se popularizaram, especialmente nas grandes cidades.

Hoje, em meio à correria do dia a dia, o pão caseiro ressurge como um ato de resistência. Seja pelo prazer de amassar a massa, pelo aroma que invade a casa ou pela satisfação de compartilhar um alimento feito com as próprias mãos, cada vez mais pessoas estão redescobrindo a magia de fazer pão em casa.

Fazer pão em casa vai além da alimentação: é um ritual que conecta gerações. Muitas famílias guardam receitas adas de avós para netos, cada uma com seu segredo – um toque de ervas, um jeito especial de sovar ou a paciência de esperar a fermentação lenta.

Em um mundo onde tudo é instantâneo, o pão caseiro faz lembrar que algumas coisas não podem ser apressadas. Cada etapa – misturar, esperar, assar – é um convite a desacelerar e a apreciar o processo. E, no fim, o aroma que toma a casa e o sabor inigualável de um pão feito com as próprias mãos são a melhor recompensa.

Se você nunca experimentou fazer pão em casa, agora é a hora. Separamos três receitas deliciosas, desde o clássico pão de fermentação natural até opções rápidas para o dia a dia.

Pão de fermentação natural

Ingredientes

  • 500 g de farinha de trigo orgânica;
  • 350 ml de água filtrada;
  • 100 g de fermento natural (levain);
  • 10 g de sal.

Modo de Preparo

Misture a farinha e a água e deixe descansar por 30 minutos.

Incorpore o fermento, adicionando o levain e o sal, amassando bem até a massa ficar homogênea.

Deixe a massa descansar por 4 horas, fazendo “dobras” a cada 30 minutos.

Modele o pão, coloque em um cestinho de fermentação e leve à geladeira por 12 horas.

Preaqueça o forno a 250°C com uma a de ferro.

Transfira a massa para a a quente, tampe e asse por 20 minutos.

Retire a tampa e asse por mais 25 minutos até dourar.

Pão de leite fofinho

Ingredientes 

  • 500 g de farinha de trigo;
  • 250 ml de leite morno;
  • 1 ovo;
  • 50 g de manteiga derretida;
  • 2 colheres (sopa) de açúcar;
  • 1 colher (chá) de sal;
  • 10 g de fermento biológico seco.

Modo de Preparo

Dissolva o fermento no leite morno com o açúcar e espere espumar.

Em uma tigela, misture a farinha, o sal, o ovo e a manteiga.

Adicione o leite com fermento e sove até a massa desgrudar das mãos.

Cubra e deixe crescer por 1 hora ou até dobrar de volume.

Divida a massa em bolinhas, coloque em uma forma untada e deixe crescer por mais 30 minutos.

Asse em forno preaquecido a 180°C por 20 a 25 minutos.

Dica: pincele gema batida antes de assar, para um pão dourado e brilhante.

Pão integral com sementes

Ingredientes 

  • 300 g de farinha de trigo integral;
  • 200 g de farinha de trigo;
  • 1 colher (sopa) de mel;
  • 1 colher (chá) de sal;
  • 1 xícara (chá) de água morna;
  • 2 colheres (sopa) de sementes (girassol, linhaça, chia);
  • 7 g de fermento biológico seco.

Modo de Preparo

Misture o fermento, a água e o mel e deixe descansar por 5 minutos.

Adicione as farinhas, o sal e as sementes, sovando até obter uma massa lisa.

Deixe crescer por 1 hora e 30 minutos em local aquecido.

Modele o pão, coloque em uma forma e deixe crescer por mais 30 minutos.

Asse em forno a 200°C por 35 a 40 minutos.

Dica: para um toque extra, acrescente nozes ou castanhas picadas.

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