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Capa B+: Entrevista exclusiva com a protagonista de "Garota do Momento" da TV Globo, Duda Santos

"Acho que a novela fala sobre liberdade, sobre ser quem você é num mundo que tenta o tempo todo te moldar. Mesmo sendo ambientada no ado, ela toca em feridas que ainda estão abertas".

Capa B+: Entrevista exclusiva com a protagonista de "Garota do Momento" da TV Globo, Duda Santos

Capa B+: Entrevista exclusiva com a protagonista de "Garota do Momento" da TV Globo, Duda Santos - Foto: Maria Magalhães

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Carioca da Vila da Penha, com apenas 23 anos, Duda Santos tem apenas cinco anos de carreira e já coleciona grandes destaques na TV. Aos 15 começou a fotografar para as lojas da comunidade onde vivia e, aos 18, recebeu o convite para fazer um teste para a novela Malhação.

Hoje, Duda é protagonista de “Garota do Momento”, a novela das seis da Globo que chega na reta final, sendo um dos maiores sucessos do horário. A atriz possui quatro folhetins no canal, incluindo a tão sonhada Maria Santa, do remake de "Renascer".

Em 2021, ganhou ainda mais o mundo, quando ou para fazer o primeiro filme “Pronto, Falei”, e mudou-se para São Paulo.

Ainda este ano, após a novela, Duda estará em "Funk", longa no qual interpreta a funkeira de sucesso Sabrina, além de uma personagem em "Guerreiros do Sol", nova novela exclusiva do Globoplay, com estreia em 11 junho.

Duda é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em conversa com o Caderno ela fala sobre seus destaques na carreira, sua protagonista na TV Globo e novos projetos após o fim do folhetim.

A atriz Duda Santos é Capa exclusiva do Correio B+ - Foto: Maria Magalhães - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Duda, como tá sendo viver sua primeira protagonista de uma novela das seis de tanto sucesso? Rolou muito frio na barriga no começo? Esperava esse sucesso todo?
DS -
 Está sendo um sonho, de verdade. Eu sabia que seria um desafio enorme, mas não imaginava que o público ia abraçar tanto a história e a personagem. No começo rolou um frio na barriga, sim! Não verdade, não só no começo, risos. A Beatriz vive surpreendendo. Acho que é inevitável essa sensação, né? Mas fui com o coração aberto, e estou muito feliz com tudo que a gente tá vivendo.

CE - Você teve alguma preparação especial pra encarar essa personagem? Alguma coisa que te tirou da zona de conforto?
DS -
 Tive, sim! Fiz bastante laboratório, mergulhei no contexto da época e trabalhei muito o corpo e a voz. Foi uma imersão mesmo. A parte que mais me tirou da zona de conforto foi entender esse universo mais antigo, onde as mulheres viviam outras realidades, mas ainda assim tão conectadas com questões de hoje. Foi intenso e muito enriquecedor.

CE - Tem alguma coisa da Duda na sua personagem? Ou são completamente diferentes?
DS -
 Tem sim! Acho que é possível e acontece sim de ter uma personagem que carregue um pouquinho da gente, né? Ela tem uma força e uma coragem que me inspiram muito, mas também tem uma leveza, uma alegria de viver, que eu acho que são muito minhas. Então, em muitos momentos, a gente se encontra. E isso enche o meu coração de alegria.

CE - O clima nos bastidores parece super leve. É isso mesmo? Tem alguma história divertida que já rolou nas gravações?
DS -
 É leve demais! A gente dá muita risada. É uma equipe muito generosa, todo mundo muito parceiro. Acho que dali seguirão amizades para toda a vida, mesmo sabendo que a convivência vai diminuir naturalmente. É muito comum a gente trazer para o bastidor algo da trama, uma brincadeira, uma forma de falar, uma expressão de época.

CE - Embora se e em outra época, a novela fala de temas atuais e importantes. Como você enxerga a mensagem que “Garota do Momento” quer ar pra quem tá assistindo?
DS - 
Acho que a novela fala sobre liberdade, sobre ser quem você é num mundo que tenta o tempo todo te moldar. Mesmo sendo ambientada no ado, ela toca em feridas que ainda estão abertas. E acho lindo isso: usar o entretenimento pra provocar reflexão. E Beatriz sempre teve sua força, sua vontade de mudar as coisas ao seu redor, mudar para melhor!

CE - Você começou nova na carreira e já ou por vários papéis legais. O que essa personagem tem de diferente das outras que você já fez?
DS -
 Essa personagem trouxe um amadurecimento como atriz e como profissional. Estudo, disciplina, dedicação... Está sendo uma jornada intensa, mas muito saborosa pela qual tenho gratidão e orgulho. Beatriz também é muito complexa, tem várias camadas, evolui bastante ao longo da história. E ela vai se encontrando comigo, através do texto, em muitos momentos. E isso tem me modificado como atriz e como mulher preta.

A atriz Duda Santos é Capa exclusiva do Correio B+ - Foto: Maria Magalhães - Diagramação: Denis Felipe - Por: Flávia Viana

CE - Com tanta correria nas gravações, como você faz pra manter o equilíbrio e cuidar de você mesma?
DS - 
Eu tento manter uma rotina mínima de autocuidado: me alimentar bem, dormir o suficiente (quando dá, né? risos), e separar um tempinho para fazer alguma atividade física. E também me cerco de pessoas que me fazem bem. Isso ajuda muito!

CE - Como é a Duda longe da telinha? O que gosta de fazer nos momentos de lazer?
DS -
 Eu tenho um lado bem caseira, porque eu adoro ficar com minha família, cozinhar, ver filme.… ou fazer nada! Mas também amo estar na natureza, colocar o pé na areia, tomar um sol. São momentos simples, mas que me recarregam. Mas tem meu lado mais sociável, de estar cercada de amigos, ir a shows, cinema.

CE - E sem dar spoiler, claro… mas o que o público pode esperar da sua personagem nos próximos capítulos? Vem bomba por aí?
DS - 
Vem sim! (risos) Ela vai enfrentar situações bem intensas que vão mexer com todo mundo. Vai ter muita reviravolta, momentos emocionantes… Podem esperar emoção, força e, claro, umas boas surpresas!

CE - Quais seus planos profissionais após o fim da novela?
DS -
 Ainda tô muito focada nesse trabalho, mas claro que já penso nos próximos os. Quero continuar me desafiando como atriz. Vou emendar em um longa e lançar outro que já está pronto. Se sobrar um tempinho, viajar para descansar.

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Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica

Série da Apple TV Plus é uma aula de como os filmes são feitos pelos grandes estúdios americanos

14/06/2025 13h00

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica Foto: Divulgação Apple TV

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Há uma característica narcisista de Hollywood que faz dos filmes sobre os bastidores da indústria algo que de tempos em tempos conquiste… “Hollywood”. São vários ótimos como O Jogador, de Robert Altman, de 1992, O Preço da Ambição (Swimming with the Sharks), de 1994, The Offer, de 2022 entre eles. Pelos primeiros episódios, O Estúdio, da Apple TV Plus, pode estar entre eles.

A série de comédia satírica foi criada por Seth Rogen em parceria com Evan Goldberg, Peter Huyck, Alex Gregory e Frida Perez, mergulha nos bastidores caóticos de um grande estúdio cinematográfico, oferecendo uma visão humorística e crítica da indústria do entretenimento.

Bem mais certeira e menos cifrada do que A Franquia, que já foi cancelada pela MAX, O Estúdio é profundamente apreciado para “quem entende as piadas internas” e ainda assim fácil de acompanhar se não pescar quem é quem ou do que estão falando.

A trama acompanha Matt Remick (Seth Rogen), o recém-nomeado chefe dos Estúdios Continental, que enfrenta o desafio de revitalizar a empresa em meio a rápidas transformações sociais e econômicas no setor cinematográfico.

Ao seu lado, destacam-se personagens como Patty Leigh (Catherine O’Hara), sua mentora e ex-chefe do estúdio; Sal Seperstein (Ike Barinholtz), um executivo irreverente; Quinn Hackett (Chase Sui Wonders), sua assistente ambiciosa; e Maya (Kathryn Hahn), a perspicaz chefe de marketing.

A inspiração para O Estúdio surgiu das próprias experiências de Rogen e Goldberg na indústria cinematográfica quando fizeram e fracassaram com Lanterna Verde e acertaram com sucessos como Super Mario Bros.

Durante o confinamento, a dupla concebeu a série como uma forma de explorar, com humor, os desafios e absurdos enfrentados por executivos de estúdios ao tentarem equilibrar a arte com as demandas comerciais.

A série é rica em participações especiais e referências ao universo de Hollywood. Há pontas de famosos como Ron Howard, Anthony Mackie, Peter Berg, Paul Dano, Charlize Theron, Steve Buscemi, Sarah Polley e Martin Scorsese, mas são as referências de negócios que nos fazem rir mais alto porque adicionam uma camada de autenticidade e humor à narrativa, satirizando a própria indústria que retratam.

No momento, a equipe tem a missão inglória de fazer um filme sobre o personagem Kool-Aid Man, e embora os absurdos soem piada são a parte realista dos negócios.

A série faz alusões a clássicos do cinema e brinca com fenômenos contemporâneos, incluindo a influência de diretores como Christopher Nolan e franquias de terror como Smile. Essas referências não apenas homenageiam a sétima arte, mas também oferecem uma crítica mordaz às tendências atuais de Hollywood.

A recepção crítica tem sido amplamente positiva, reconhecendo a inteligência do roteiro e “um dos retratos mais afiados de Hollywood em anos”. Não há exageros. O que me leva a perguntar: seria O Estúdio o novo O Jogador?

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria CinematográficaCinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica - Divulgação Apple TV

Ambos mergulham nos bastidores caóticos de um grande estúdio cinematográfico, lembrando um dos maiores clássicos do gênero, mas enquanto Altman expôs os jogos de poder da indústria cinematográfica através do thriller satírico estrelado por Tim Robbins, Rogen e sua equipe exploram o choque entre a tradição e as novas forças de mudança no cenário atual do entretenimento.

A Nova Era da Sátira Hollywoodiana

Assim como O Jogador ofereceu uma visão brutal e cínica da indústria do cinema nos anos 90, onde o protagonista Griffin Mill (Tim Robbins) enfrentava a pressão de roteiristas rejeitados e a ameaça de ser substituído no estúdio em que trabalhava, refletindo as ansiedades de uma Hollywood dominada por grandes corporações, O Estúdio faz o mesmo para a era do streaming e das franquias bilionárias.

Como o novo chefe dos Estúdios Continental, Matt tenta equilibrar a pressão comercial, a crise criativa e a necessidade de atender a uma audiência cada vez mais fragmentada.

O clássico de Altman está recheando de participações especiais de astros como Bruce Willis, Julia Roberts e Burt Reynolds, uma metalinguagem igualmente adotada na série da Apple TV Plus. Um dos momentos mais hilariantes da série envolve justamente Scorsese discutindo a produção de um filme sobre o personagem Kool-Aid Man, uma clara crítica ao desespero de Hollywood por franquias improváveis.

Se Altman ofereceu um olhar sombrio e satírico sobre o jogo de influências em Hollywood, Rogen e sua equipe ampliam esse escopo para incluir as redes sociais, o streaming e a febre das franquias. Se ainda não viu o filme, ele está disponível na MUBI.

No fim das contas, O Estúdio não apenas diverte com seu humor afiado, mas também faz uma crítica contundente às transformações e absurdos da máquina do entretenimento. É uma série essencial tanto para quem ama quanto para quem detesta a indústria de Hollywood.

GASTRONOMIA

Pãozinho quente, macio e caseiro

Conheça três receitas de pão, um dos alimentos mais antigos da humanidade

14/06/2025 12h30

A invenção do pão é atribuída à Mesopotâmia, há cerca de 12 mil anos, sendo um dos alimentos mais antigos da humanidade

A invenção do pão é atribuída à Mesopotâmia, há cerca de 12 mil anos, sendo um dos alimentos mais antigos da humanidade Foto: Freepik

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Há mais de 12 mil anos, o homem descobriu que podia moer grãos de cereais, misturá-los com água e assar a massa sobre pedras quentes. Assim nascia o pão, um dos alimentos mais antigos e simbólicos da humanidade. 

No Egito Antigo, por volta de 4.000 a.C., os egípcios dominaram a fermentação natural, criando pães mais leves e saborosos. Eles acreditavam que o pão era um presente dos deuses e o incluíam em rituais religiosos e oferendas funerárias.

Com o tempo, o pão atravessou fronteiras. Os gregos e os romanos aprimoraram as técnicas de panificação, criando as primeiras padarias públicas. Na Idade Média, o pão era a base da alimentação camponesa, enquanto, na Renascença, variedades como a baguete e o ciabatta começaram a ganhar forma na Europa.

No Brasil, o pão chegou com os portugueses, mas foi só no século 19 que as padarias se popularizaram, especialmente nas grandes cidades.

Hoje, em meio à correria do dia a dia, o pão caseiro ressurge como um ato de resistência. Seja pelo prazer de amassar a massa, pelo aroma que invade a casa ou pela satisfação de compartilhar um alimento feito com as próprias mãos, cada vez mais pessoas estão redescobrindo a magia de fazer pão em casa.

Fazer pão em casa vai além da alimentação: é um ritual que conecta gerações. Muitas famílias guardam receitas adas de avós para netos, cada uma com seu segredo – um toque de ervas, um jeito especial de sovar ou a paciência de esperar a fermentação lenta.

Em um mundo onde tudo é instantâneo, o pão caseiro faz lembrar que algumas coisas não podem ser apressadas. Cada etapa – misturar, esperar, assar – é um convite a desacelerar e a apreciar o processo. E, no fim, o aroma que toma a casa e o sabor inigualável de um pão feito com as próprias mãos são a melhor recompensa.

Se você nunca experimentou fazer pão em casa, agora é a hora. Separamos três receitas deliciosas, desde o clássico pão de fermentação natural até opções rápidas para o dia a dia.

Pão de fermentação natural

Ingredientes

  • 500 g de farinha de trigo orgânica;
  • 350 ml de água filtrada;
  • 100 g de fermento natural (levain);
  • 10 g de sal.

Modo de Preparo

Misture a farinha e a água e deixe descansar por 30 minutos.

Incorpore o fermento, adicionando o levain e o sal, amassando bem até a massa ficar homogênea.

Deixe a massa descansar por 4 horas, fazendo “dobras” a cada 30 minutos.

Modele o pão, coloque em um cestinho de fermentação e leve à geladeira por 12 horas.

Preaqueça o forno a 250°C com uma a de ferro.

Transfira a massa para a a quente, tampe e asse por 20 minutos.

Retire a tampa e asse por mais 25 minutos até dourar.

Pão de leite fofinho

Ingredientes 

  • 500 g de farinha de trigo;
  • 250 ml de leite morno;
  • 1 ovo;
  • 50 g de manteiga derretida;
  • 2 colheres (sopa) de açúcar;
  • 1 colher (chá) de sal;
  • 10 g de fermento biológico seco.

Modo de Preparo

Dissolva o fermento no leite morno com o açúcar e espere espumar.

Em uma tigela, misture a farinha, o sal, o ovo e a manteiga.

Adicione o leite com fermento e sove até a massa desgrudar das mãos.

Cubra e deixe crescer por 1 hora ou até dobrar de volume.

Divida a massa em bolinhas, coloque em uma forma untada e deixe crescer por mais 30 minutos.

Asse em forno preaquecido a 180°C por 20 a 25 minutos.

Dica: pincele gema batida antes de assar, para um pão dourado e brilhante.

Pão integral com sementes

Ingredientes 

  • 300 g de farinha de trigo integral;
  • 200 g de farinha de trigo;
  • 1 colher (sopa) de mel;
  • 1 colher (chá) de sal;
  • 1 xícara (chá) de água morna;
  • 2 colheres (sopa) de sementes (girassol, linhaça, chia);
  • 7 g de fermento biológico seco.

Modo de Preparo

Misture o fermento, a água e o mel e deixe descansar por 5 minutos.

Adicione as farinhas, o sal e as sementes, sovando até obter uma massa lisa.

Deixe crescer por 1 hora e 30 minutos em local aquecido.

Modele o pão, coloque em uma forma e deixe crescer por mais 30 minutos.

Asse em forno a 200°C por 35 a 40 minutos.

Dica: para um toque extra, acrescente nozes ou castanhas picadas.

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