Cidades

Valorização

CNPq investe R$ 1,8 milhão em pesquisadores de MS que atuaram no exterior

Programa lançado em julho do ano ado quer combater a evasão científica no país

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou nesta terça-feira (3) o resultado final da chamada de Atração e Fixação de Talentos do programa Conhecimento Brasil, que trará de volta ao país cientistas nacionais que atualmente residem em 34 países.

Dois pesquisadores de Mato Grosso do Sul estão entre os 599 convocados da lista. Juntos, eles receberão um investimento de R$ 1.810.624,68 em seus projetos de pesquisa. O valor será destinado a remunerar os pesquisadores, as instituições e custear as despesas das pesquisas.

Pequisas selecionadas

O pesquisador Everton Vogel concluiu seu Ph.D. em Economia Rural e Desenvolvimento em 2022, na Georg-August-Universität Göttingen, na Alemanha.

Agora, como pós-doutorando, ele contribui para o projeto Integração de Sistemas Pecuários como Estratégia de Baixo Carbono na Produção de Proteína animal no Mato Grosso do Sul, realizado pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

O foco dessa pesquisa é a avaliação da sustentabilidade nas cadeias da agropecuária com o uso de indicadores de sustentabilidade e a análise da sustentabilidade do ciclo de vida.

O projeto de Everton foi aprovado no programa com uma nota final de 9,33 e receberá um investimento de R$ 977.624,84 para ser executado em até 5 anos.

Já o pesquisador Aldenor Batista da Silva Junior é Doutor em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), doutorado sanduíche concluído em 2024 no qual realizou estágio científico avançado de doutoramento em Políticas Públicas Educacionais no Programa Perspectivas Históricas na Universidade de Salamanca (USAL), na Espanha.

Atualmente, Aldenor ainda reside em Salamanca, onde é doutorando em Educação pela USAL, além de professor colaborador na universidade. No atual estudo, ele pesquisa museus pedagógicos.

O projeto de Aldenor foi aprovado no programa com uma nota final 7 e receberá um investimento de R$ 832.999,84, com prazo máximo de execução em até 5 anos.

Combate a fuga de cérebros

A fuga de cérebros, ou "brain drain" em inglês, refere-se à saída de profissionais altamente qualificados de um país para outros, geralmente em busca de melhores oportunidades de trabalho e de vida. O fenômeno é comum entre países com economias em desenvolvimento e países desenvolvidos, com os profissionais qualificados de países mais pobres migrando para países ricos. 

Iso pode ser observado pela origem dos pesquisadores que irão retornar ao Brasil. A maior parte desses pesquisadores virá dos Estados Unidos (12,8%), Alemanha (7,3%), França (4,6%), Portugal e Inglaterra (4,1% cada), onde atuam em instituições de prestígio internacional, como Harvard, Karlsruhe, Oxford, Cambridge, Lisboa e Porto.

O programa Conhecimento Brasil foi lançado em julho do ano ado e já realizou duas chamadas públicas, nas quais mais de 2.500 pesquisadores alojados em 56 países demonstraram interesse em retornar ou cooperar cientificamente com instituições e empresas brasileiras.

 

De acordo com o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, os números apontam que o Conhecimento Brasil foi bem aceitado pela comunidade científica brasileira.

“Felizmente, foi bem compreendida e aceita pela comunidade científica. Estamos satisfeitos por poder proporcionar oportunidades de retorno e de cooperação a nossos pesquisadores no exterior", afirmou.

Além disso, o Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) aprovou, no último dia 28, a ampliação do programa Conhecimento Brasil, que ará a incluir, além da repatriação de talentos, investimentos voltados à fixação de jovens pesquisadores e recém-doutores com o objetivo de evitar a evasão científica.

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violência/saúde

Mato Grosso do Sul é o 10º estado que mais agride médicos em hospitais

Em 2024, mais de 100 médicos foram vítimas de lesão corporal, ameaça, injúria, desacato e difamação, durante o trabalho

15/06/2025 09h00

Rotina na UPA Leblon

Rotina na UPA Leblon GERSON OLIVEIRA/Arquivo

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Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que 134 médicos foram vítimas de violência, durante o trabalho, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Com isso, MS é o 10º estado do Brasil onde médicos são violentados, durante consultas/atendimentos, em hospitais, prontos-socorros, postos de saúde, unidades de saúde, consultórios, clínicas e laboratórios, sejam eles públicos ou privados.

Os tipos de violência são lesão corporal, ameaça, injúria, desacato, difamação, furto, entre outros crimes.

A violência parte de pacientes, familiares de pacientes, colegas de trabalho (enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde) ou até mesmo ex-namorados(as).

No Brasil, foram registrados 4.562 casos em 2024. Isto significa que 12 médicos são vítimas de violência em estabelecimentos de saúde por dia no País. Ou seja, a cada duas horas, um profissional é agredido fisicamente ou verbalmente.

Desde 2013, foram contabilizados quase 40 mil boletins de ocorrência em que profissionais denunciaram algum tipo de abuso sofrido em ambientes de saúde.

Geralmente, médicos e médicas são agredidos na mesma proporção, embora médicas tenham sido mais violentadas no último ano.

Rotina na UPA Leblon

No Brasil, os casos acontecem mais no interior (2.551 - 66%) do que na capital (1.337 – 34%).

Uma médica, do sexo feminino, que não quer ser identificada, faz plantão em uma unidade de saúde da região leste de Campo Grande e afirma que já foi agredida verbalmente em seu ambiente de trabalho.

Rotina na UPA Leblon

“Já gritaram comigo me chamando de incompetente e irresponsável, na frente de várias pessoas. A gente entende que a família quer um atendimento rápido, mas isso é quase impossível quando há um surto de síndromes respiratórias onde todo mundo procura as unidades de saúde de uma vez só”, contou.

De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, é importante cuidar da integridade física dos profissionais da área da saúde e não apenas da estrutura dos postos.

“O Conselho Federal de Medicina apela por providências urgentes contra esses abusos. Os profissionais carecem de segurança física dentro das unidades. Não é apenas o patrimônio que precisa de cuidados. A garantia de condições para o exercício da atividade médica, dentre os quais a oferta de espaço seguro, é imprescindível, assim como o o dos pacientes ao direito fundamental à saúde, tanto na rede pública quanto na rede privada”, pontuou.

Além disso, pede apoio de parlamentares para punirem quem desrespeita fisicamente e verbalmente os profissionais.

“É de extrema importância termos líderes dos poderes Executivo e Legislativo comprometidos com a saúde e a medicina. É preciso debater e defender a saúde com muita coragem. Precisamos preservar nossos profissionais. O CFM apoia a aprovação de Projetos de Lei (PLs) no Congresso Nacional que agravam a pena para quem agredir médicos que estejam trabalhando, como o PL nº 6.749/16, aprovado na Câmara Federal. A Autarquia também tem articulado com governadores e integrantes da Polícia Civil nas unidades da Federação a criação de delegacias especializadas em crimes contra a saúde para ajudar no combate à violência contra médicos”, finalizou Hiran Gallo.

Os dados foram coletados pelo CFM junto às Polícias Civis das 27 unidades da Federação por meio da Lei de o à Informação (LAI).

TEMOR

Comitiva de MS pode ser resgatada de Israel via Jordânia

Itamaraty negocia uma viagem por terra até o país vizinho assim que as condições de segurança estiverem melhor, mas ainda não há data

14/06/2025 17h45

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna participavam de um encontro de tecnologia a convite do governo de Israel

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna participavam de um encontro de tecnologia a convite do governo de Israel

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros, entre eles três sul-mato-grossenses, em Israel após o início dos conflitos com o Irã. 

Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.

Entre os brasileiros que ficaram retidos em Israel depois do inícios dos combates com o Irã estão a secretária-adjunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Christinne Maymone; o responsável pelo setor de tecnologia da SES, Marcos Espíndola, e o secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna. 

“O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje [sábado] com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o Itamaraty em comunicado.

Segundo a pasta, o governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais brasileiras em Israel, a convite do governo do país. 

O comunicado ressalta que as operações do aeroporto Internacional de Tel Aviv estão suspensas desde o início dos bombardeios como uma das consequências da crise, por causa da interdição do espaço aéreo em Israel, no Iraque e no Irã.

O Itamaraty também confirmou conversas com diplomatas israelenses. Segundo o ministério, a embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações de políticos brasileiros, e o Ministério das Relações Exteriores contatou o Ministério de Relações Exteriores de Israel para que duas comitivas tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.

“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, destacou o comunicado.

Feira de segurança

As comitivas de políticos brasileiros estavam participando de uma feira de tecnologia e segurança em Israel quando foram surpreendidas pelo início do conflito entre o país e o Irã. As delegações estaduais e municipais estão abrigadas em bunkers subterrâneos para escapar das bombas e dos drones vindos do Irã.

Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, havia informado, por meio das redes sociais, que a Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno das autoridades que estão em Israel . Entre os políticos nos bunkers subterrâneos, estão o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas).
 

(Com informações da Agência Brasil)

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